segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Jesus não é de Capricórnio!


Tá todo mundo falando de consumismo e capitalismo ultimamente... Inclusive nos comentários do meu post anterior, o qual em nenhum momento fiz alusão a esses temas paradoxalmente tão discutidos em Dezembro... E as pessoas falam tanto, mas tanto, que Natal não é sinônimo disso e que devemos priorizar o sentido que esta data traz, que creio que o Natal se tornou sim, sinônimo de consumismo e capitalismo...
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Muitos argumentam que "devemos lembrar o verdadeiro sentido do Natal, que é o nascimento de Cristo" e outros blá-blás natalinos, mas em verdade vos digo, irmÕEs, Jesus não nasceu no Natal! Não vou explicar o porquê disso pois iria me alongar muito, caso se interessem, o GUGOU taí pra isso.
Aí zé povin diz que mais importante do que presentes, é estar reunido com a família e amigos... Cassetinhos voadores, tem coisa mais bacanuda do que reuni-los e fazer um amigo oculto antes de sentar-se à mesa, falar bobeiras e comer um belo de um peru? Isso não é ser consumista, pejorativamente falando. Tudo bem que o comércio lucra horrores e investe cada vez mais pra angariar compradores mas... e daí? Aqueles que receberem presente também estarão lucrando, ora pois!
Chega a ser ridículo ver como as pessoas nem se lembram de Deus o ano inteiro, mas às vésperas do natal bate o sino pequenino, sino de Belém... uma repentina religiosidade e vêm com esse discurso vazio e hipócrita de que devemos pensar no nascimento do Menino Jesus!
Não vou dar uma de "crente", mas Ele instituiu uma cerimônia em sua memória para nos recordarmos dEle sempre e não em seu suposto aniversário uma vez por ano - a Ceia*. Ele não é um personagem histórico, um Zumbi dos Palmares ou Tiradentes. Ele está vivo e se querem lembrar, que seja sempre.
Outro ensinamento muito recorrente nessa época, que configura a mera repetição ideológica e uma completa idiotização é que "no Natal devemos encher nossos corações de fraternidade e amor". Nhenhenhem! É só no Natal que necessitamos demonstrar fraternidade e amor? Realmente, frases tão bonitas essas que enchem a boca num dia, mas que são evacuadas no outro...
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"Nossa, tá toda certinha assim, mas usa termos chulos e nem vai à igreja! Virou falsa crente?" Não, carai! Mas também não fico com esse papo torto e dissimulado. Se não querem ligar pras pessoas e nem dar presentes, não o façam, porém não usem como álibi falsos argumentos os quais não demonstram nem espiritualidade nem bondade...
*1 CO 11:25

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um (in)feliz natal.

Lojas abarrotadas, panetones e Jingle Bells anunciam: já é Natal na Leader Magazine.
Sempre gostei dessa época do ano, embora eu tenha perdido a conta de quantas vezes menti dizendo que tive um 25 de Dezembro maravilhoso, inclusive devido às decepções que sofri ainda na infância.

Não, eu não vou traduzir o que está escrito. Vá fazer um curso de Inglês!

Eu tinha 5 anos e estava participando daquelas festinhas de fim de ano da escola, com entregas de boletins aos pais, blá-blás dos professores e, claro, o bom velhinho entregando presentes para crianças que tenham sido boas (ou não, na maioria das vezes). É óbvio que, na verdade, eram os pais que davam os presentes aos diretores do colégio, que repassavam pra algum velho gordo, que os entregava para os pirralhos, a fim de que toda a encenação natalina acontecesse e perpetuasse a crença em ho-ho-hos e veadinhos (se bem que os veadinhos realmente existem). Eu não sabia disso.

Naquela época dinheiro fácil era raridade lá em casa, mas é óvni que eu não poderia deixar de sentar no colo do velho e ganhar meu presentinho. O 13º ainda não tinha saído e minha mãe, astuta e pimpona, me propôs a coisa mais triste pruma girina afoita por um vídeo-game: o acordo era que Papai Noel me entregasse uma barbie que brilhava no escuro e acendia luzes coloridas! "Tá mas qual o problema?", você muito esperto (a) me pergunta. Rá, o problema? O problema era que a barbie eu ganhara da minha avó no dia das Crianças!!! Mas eiiiiii, como assem? Por que minha mãe quem teria que dar o presente pra bosta do velho me dar? Por que ele mesmo não tiraria minha boneca do seu grande saco vermelho? Ma nem uma lembrancinha do tipo 'estive no Pólo Norte e lembrei-me de você'? Murchei e já fiquei cabreira.

Enfim, tive que participar daquele faz-de-conta miserávi... Fingi pras abiguinhas que nem sabia o que tinha naquele embrulho brega que combinava com minha blusa mais brega ainda. Pra completar meu êxtase frente às crianças ganhando um Nintendo 64, enquanto eu deveria me contentar com uma boneca usada, toda a esperança de ter um feliz natal se dissipou, tal como a fumaça da chaminé que o bom (?) velhinho nunca entrou...

Perto de me chamarem para a entrega do 'inesperado' brinquedo velho, eis que o viadinho da rena me diz:

- Ele é o meu pai!

- Né nada! - respondi confusa, porém decidida.

- É sim. Ele tá disfarçado de papai noel, não tá vendo a barba preta ali embaixo?!

Segurei o choro. Morria ali a boa menina ansiosa por um presente decente no final do ano. Nascia uma menina perversa e má, que até hoje tenta ter um natal feliz e destroi o sonho das criancinhas enganadas dizendo "PAPAI NOEL NÃO EXISTE!!!"

E pra quem não acredita, eis a prova da minha frustração:

Meu algoz pensando de lado "hahaha, acabei com essa mocreinha", eu decepcionada, o papai noel fajuto e meu presente brega e velho.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que não deveria ter sido escrito.

Nunca demonstrei descaradamente que estava a fim de alguém. Não acho legal uma mulher partir pra cima quando o assunto é macho. Mas isso fica prum outro post.
O negócio é que sou astuta e levo comigo essa característica desde bem novinha.
Eu tinha 11 anos e gostava de um menino tímido que estudava comigo. Ele era bonitchenho, se comparado ao padrão de beleza que havia na minha sala de aula. Meu bem, em terra de cego, quem tem um olho é caolho rei, e ele não tinha só 1 olho. Ele tinha dois. E dois olhos bem verdes, o que contribui para que o seu reinado na classe fosse praticamente absoluto.
Como me mantinha distante, quase nunca nos falávamos. Só o essencial e blá blá blá.
Até que um dia tivemos que sentar em dupla pra fazermos um trabalho qualquer, típico de professores que não querem fazer nada e nos mandam debater sobre meio ambiente e racismo.
Ah, magavilha! Aquela era a minha oportunidade. Sem perder a pose, mandei um papo fajuto e ridículo que mostra minha sagacidade disfarçada:

- Foi você que me telefonou ontem?
- Não. Por quê?
- É, não sei. Minha mãe disse que um garoto ligou lá pra casa ontem e disse que era da minha sala. Já perguntei pros outros meninos, mas também disseram que não... Estranho. - Encenei.
- Não fui mesmo. Eu nem tenho o seu tel...
[Bingo!!! Era o que eu queria!]

- É, eu imaginei.
- Mas então, você poderia me dar seu número?
- Sim. - respondi meio hesitante e ele anotou meu telefone.

... Até hoje eu espero ele me ligar...

Ai cruzes, ele morreu faz uns 5 anos!!! Mas que humor-negro!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A vingança vem a cavalo de carro.

Comprei Tirei a carteira de habilitação há 6 meses, tenho carro há 4 e junte-se a isso o fato deu ser mulher. A consequência disso? Covardia da parte dos homens, algumas "fechadas" dos veículos maiores e... "perigo constante é o meu ovo"!!!
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Estava eu dirigindo faceira e pimpante, quando um ônibus começa a me fechar, embora minhas buzinadas ininterruptas anunciassem que a preferência era minha. Eu resmungava, buzinava muito meRmo (coisa no trânsito que particularmente faço muito bem, obrigada. Rá), mas a porreta do ônibus continuava sua trajetória assassina em nossa direção e se não morrêssemos com aquele monstro, no mínimo, meu carro o faria.
Ele venceu o primeiro round e passou a minha frente. Ele não sabia com quem estava mexendo!
Segundos depois, num semáforo, o infeliz me fechou de novo, o que despertou meu instinto vingativo, que há muito eu lutava pra deixar adormecido.
O sinal abriu e deu-se início a corrida para o lado esquerdo do busão. O plano? Jogarmos qualquer coisa semelhante a uma pedra no "piloto", mas no momento só vimos uma garrafa de vidro no carro. Poxa, não era pra matarmos o cara, né, afinal, ainda estou com a carteira provisória... Ele foi mais rápido e nós siferremo.

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Alguns quilômetros a frente, já desesperançados, avistamos o tal ônibus parado no acostamento! Desacelerei e parei bem ao lado do motorista.
Meu namô, o psicolouco, se debruçou na janela, pegou uma garrafa vazia de água, e a adrenalina não me permitia olhar para o lado, apenas para frente, enquanto pensava que deveria ser ágil para “fugir” depois da nossa vingança-pet. "Vai que ele vem correndo atrás da gente?"
Adorei ouvir o barulho que a garrafa fez ao tocar em sua cabeça e para completar o feito heroico não somente fugi, mas canteu pneu, mano!

Gritamos de alegria, exultantes:
- E aí, amoooor, acertou nele?
- Sim, foi diretinho na careca dele! (...)
- Uhuuuuuuuuuuuul!
- (...) só não sei se era ele mesmo, mas que acertei, isso acertei!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Estou grávida!!! E o filho da pu** me deixou..."

Uaba uiba Oi pai, calmaaaa!!! Não estou falando de mim. Só usei esse título pra chamar atenção e conseguir visitas de quem jogar o assunto no GUGOU...
Infartos evitados, voltemos ao tema: Tem certeza de que o cara é o único filho da pu** da história ou o seu futuro filho também não o é?
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Antes que alguém comece com os mimimis, xô esclarecer uma coisa: o simples fato de alguém estar prenha ou ser mãe solteira não é o motivo dessa minha delicadeza ao lidar com a gestante, mas sim ela e sua família se fazerem de vítimas e debitarem ao pai toda a responsabilidade e o xingamento.
O que me enerva são:

- mulheres apaixonadjenhas que arranjam filho para prenderem o amado. [Mulheres essas que, provavelmente, serão o capeta quando o mesmo arranjar outra mulher, diga-se de passaGI]

Estou grávida, amooor! Vou te infernizar pra sempre! Agora temos um vínculo para sempreeeeeee!!!

- aquelas que arrumam “barriga” para terem dos companheiros a atenção que nunca receberam, mesmo que nitidamente perceba-se que serão péssimos pais ou que ainda não desejam isso;

- as que botam filho no mundo e continuam indo prar noitadas, nêm, engravidando de vários, enquanto seu filhote fica aos cuidados dos avós;
- as que não se previnem simplesmente porque, ah, nem dá pra pensar nisso na hora, néam? Principalmente se forem adolescentizinhas.
- as que não têm onde caírem mortas, mas acham que onde come 1, comem 2 e comem 3 e se esquecem de que elas que sempre são o prato principal.
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Vocês ainda não se ligaram que para um homem é muito fácil fazer filhos por aí? Então, dá pra, pelo menos, analisarem se eles têm condições financeiras e maturidade suficientes para cuidarem de outro ser? Puerra, é sempre a mesma lenga-lenga de que “homem não presta”, “é tudo safado”, mas muitas mulheres sempre caem na lábia deles! Se eles são cachorros, você são umas mulas! Já está na fisiologia masculina e na cultura machista que eles dificilmente terão o mesmo zelo e carinho que as mães, então, é pedir muito que vocês sejam seletivas?
“Ah, disconcordo discordo! Há vários homens que dão mais atenção aos filhos do que as mães.” Eu escrevi “dificilmente”, não generalizei, prestenção carai!
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Pensem comigo: Homens podem fazer até 365 girinos num ano, enquanto nós, apenas 1 ("Nada a ver, Verônica! E se forem gêmeos e etc?" - Mas será que eu tenho que explicar tudo detalhadamente? Dá pra lerem calados?), o que já mostra que o buraco é bem mais embaixo pra nós (e doloroso) , estirpes da Eva.
Na minha soberba opinião, quem deve se preocupar em usar a mierda da camisinha ou anticoncepcional são as mulheres porque, caso venha a gravidez , quem vai ter que carregar peso no ventre por 9 meses seremos nós e não os homens, que a essas horas, poderão estar fazendo mais filhinhos por aí.
Veja bem, meu bem, quem vai ficar barriguda, vomitando a cada cheiro diferente, extremamente chata e sensível, quem vai parir pela barriga ou pela periquitilds, com desejos esdrúxulos na madrugada, com os seios grandes e depois murchos, tendo que acordar toda hora pra amamentar será você, querida, VOCÊ! E ele? Ah, judicialmente, a ele só cabe pagar uma merreca de pensão mensal... Isso se ele tiver renda, né, porque caso contrário você quem terá que arcar financeiramente com as fraldas e pedir emprestado o enxoval para o seu bebê.
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Então, lindas mãezinhas, antes de abrirem as pernas pra qualquer um, sem se previnirem ou para prenderem seus namorados, pensem no futuro, nas consequências... Nem adianta abortar (porque com certeza ficarão com a consciência mais pesada do que levar seus filhos no colo para o hospital de manhã) ou chorar sobre o leite derramado, até porque o que mais você vai fazer daqui a uns 9 meses e durante um bom tempo, fia, será derramar leite por aí...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O voto nulo, o voto em branco e as correntes babacas.

Olha, para esse povin que não sabe porreta nenhuma de nada e ainda fica repassando e-mails dizendo "vote nulo", "vote branco", "vote a pqp"..., aí vai a matéria do site Papo de Homem.
Aliás, aproveito o ensejo para pedir encarecidamente que ANTES de me passarem qualquer um desses e-mails com lições de morais ou alertas, correntes babacas, notícias sensacionalistas, por gentileza, verifiquem se o conteúdo é VERDADEIRO!
Como já disse uma sábia mulher: "Ser ignorante, às vezes, é inevitável, mas propagar a ignorância é ratificar a idiotice".

"Durante as eleições dá pra perder a conta da quantidade de emails recebidos incitando a população a votar nulo por ser a única salvação da humanidade ou trazendo em primeira mão aquela informação bombástica que a imprensa oculta, certamente por ter pacto com o Belzebu, sobre a “verdade do voto em branco”.

Para piorar, depois de tanto tempo repetindo as mesmas mentiras, as pessoas passaram a acreditar nelas. É só falar sobre voto em branco ou voto nulo que já aparece alguém repetindo o conteúdo das malogradas correntes:

“Voto em branco vai para quem estiver ganhando…” -> NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!


Quem nunca recebeu um email ou ouviu alguém lhe dizendo para não votar em branco, por que esse voto iria para quem estivesse ganhando as eleições?

Essa é uma informação proveniente da época em que o voto ainda era feito pela cédula de papel. Naquela época, era possível deixar a cédula de votação em branco. Com a cédula em branco, na hora da contagem de votos, era muito fácil alguém marcar um voto para um candidato qualquer, sem que o dono da cédula sequer tivesse conhecimento do fato.
Para evitar então que fosse inserido um voto qualquer em sua cédula, os eleitores rabiscavam ou escreviam qualquer coisa – geralmente xingando o candidato – na cédula, anulando seu voto. Desta forma, não seria possível que alguém inserisse um voto aleatório naquela cédula de votação. Daí surgiu a ideia de que era melhor anular o voto do que deixar a cédula em branco, para não correr o risco de seu voto ser utilizado indevidamente.

Hoje em dia, com a urna eletrônica, não há mais essa possibilidade de adulterar o voto em branco, portanto, votar em branco ou votar nulo é praticamente a mesma coisa, ambas atitudes resultam na invalidação do voto.

O voto em branco não vai para nenhum candidato, ele é considerado inválido. Simples assim.

Outra informação muito divulgada é a de que, havendo a metade mais um dos eleitores votando nulo, o pleito é anulado e todos os candidatos daquela eleição devem ser substituídos.
Esse mito provavelmente tem fruto em alguma confusão na hora de interpretar o art. 224 do Código Eleitoral:
Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos (…) o Tribunal marcará dia para nova eleição (…)”

Lendo este artigo sem levar em consideração todo o conjunto, a impressão que se tem é de que, realmente, havendo a maioria de votos nulos haverá nova eleição.

Mas este não é o caso. A nulidade deste artigo tem relação com as causas de nulidade da votação (arts. 220 e 221 respectivamente), como, por exemplo, cédula falsa, votação feita fora do horário ou dia estipulado etc. Tal nulidade (do art. 224) não tem nenhuma relação com os votos nulos ou brancos por manifestação apolítica do eleitor – leia-se aqui apertar a tecla “branco” ou colocar números de candidatos que não existam, na urna eletrônica. Não existe qualquer previsão de que havendo a maioria de votos nulos/brancos a eleição será refeita.

Portanto, por mais que aquelas campanhas mirabolantes repassadas por email atingissem seus objetivos, não haveria novas eleições ou substituição dos candidatos.

Atenção: votos brancos e nulos ajudam o candidato mais popular!
Uma informação importante, e que deveria ser de conhecimento de todos, é a influência dos votos nulos e brancos nas eleições para Presidente, Governador e Prefeito.

Para aqueles que não sabem, o 2º turno das eleições acontece quando um candidato não obtém metade mais um de todos os votos válidos. Ocorre que os votos em branco e os votos nulos são considerados inválidos; portanto, não são computados para o cálculo da maioria nas eleições dos cargos que citei acima.

Por ex., se eu tenho 100 eleitores e todos eles votam em algum candidato, ou seja, não há votos nulos/brancos, o candidato que obter 51 votos (50% + 1) ganhará logo no primeiro turno. Agora, se dos 100 eleitores, 10 votaram nulo ou em branco, temos apenas 90 votos válidos, ou seja, o mesmo candidato precisará de apenas 46 votos para ganhar e não haver segundo turno.

Por isso, quando você for votar, lembre-se que ao votar nulo ou em branco no primeiro turno você aumentará a chance do candidato preferido vencer logo no primeiro turno. Independentemente do candidato para quem votar, propiciar a existência de um segundo turno é de interesse de todos, já que há maior tempo para amadurecimento do processo eleitoral e para os candidatos exporem seus respectivos planos de governo.

Agora copie esse texto, cole em um PowerPoint, adicione uns GIFs de ursinhos pulando ao som de Justin Bieber e repasse pra todos aqueles seus amigos chatos que não param de mandar correntes por email.

Bases jurídicas:

- Lei 9.504/97, art. 2º.
- Código Eleitoral, art. 174, §§1º e 2º; art. 175, caput e §§1º, 2º e 3º; arts. 221, 222 e 224.
- Constituição Federal – art. 77, §2º. "
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Observação: A sábia mulher que proferiu a frase sapientíssima lá arriba é essa que vos escreve. Tá registrada, heeem! Ráa.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A primeira impressão não é a que fica ou "pareço legal, mas não sou".

À medida que as responsabilidades aumentam, tenho me tornado impaciente, intransigente e, frequentemente (ente ente), blasé (aêê, vão aprender palavra nova com a titia verronique), ou seja, tenho decepcionado algumas pessoas que me veem, às vezes toda simpaticuda, mas quando me conhecem mais a fundo se frustram. Não que eu seja mal-humorada, mas não tem como ser o Bozo o tempo todo porque, pô, tenho trilhares de coisas chatas para fazer todos dias e que aturar pessoas mais chatas ainda, principalmente aquelas que não entendem minha sisudez temporária.

shico que eu nunca explanaria isso se eu não estivesse na TPM, afinal isso serve como uma boa desculpa feminina... Mas como estou inspirada, vou discorrer sobre algumas "regras" pra módi você ter um convívio mais vivível comigo:

1 - Não suporto que me façam sentir pressionada. Sério. Odeio quando todo-dia-o-dia-todo alguém fica, por exemplo, me perguntando quando vou almoçar ou dizendo “tô te esperando. A que horas vai embora?”. Almoço quando quiser (aposto 1 fusca azul-celeste que você leu “almoço” com “o” de “moço” e não “almÓço” com "o" de "troço"). Almoço quando a barriga roncar. Ou quando eu vir que o chato em questão já saiu do refeitório;
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2 - Digamos que um dia calhe de almoçarmos juntos. É pedir demais que ele/ela não se sente a minha frente, caso a mesa seja muito estreita? Veja bem, meu bem: há dois pratos quase colados. Além do aroma de lavagem fermentada que poderemos sentir, há uma grande possibilidade de voar um arroz ou uma gotícula de cuspe intrometido no prato alheio;
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3 - Não gosto de intimidadezinhas com homens. Não, não sou sapatão: isso vale pra mulher também. Não gosto de intimidadezinhas. Eu acho UÓ todo dia ter que dar beijinho, abracinho ni um, ouvir "bom dia, meu amor" do bicheiro da esquina da minha casa, cumprimentar machos que se aproximam muito e/ou seguram demoradamente minha mão, olhando fixamente pros meus olhos. Acham que vão me seduzir com isso?;
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4 - Mais uma vez: não gosto de excessos, nem prisão emocional, nem chameguinho. Se você não for meu namorado, não me telefone todo dia, não me procure no SNM todo dia, não passe na minha sala todo o dia só pra perguntar "e aí?". Preste atenção: não é pra ficar de mimimi, nem parar de falar comigo. Me refiro a fazer isso todo dia, seus analfa;
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5 - E por último, não menos importante (ê, clichê): Quando vocês limparem seus forévis, por gentileza, não deixem o lado sujo do papel higiêncio pra cima. É sério. Ninguém precisa saber se você está com diarreia, comeu milho ou feijoada no dia anterior.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Comunicação é tudo.

Não esqueci do “Relatos de 1 assalto”. É que aconteceram tantas coisas broxantes sobre o ocorrido, que ainda não consegui me recuperar... Já tomei a pílula azul e, em pouco tempo, recupero minha virilidade literária.



Hoje, no trabalho, um funcionário me pergunta: "Verônica, nosso chefe já tá aí?". "Ainda não. Posso ajudá-lo?" - respondi toda solícita.

"É que eu preciso conversar com ele... Não está dando mais pra continuar na minha sala. Estão tomando conta de tudo, sabe? Minha mesa tá aki num dia," - e fez sinais para demonstrar a mesa - "mas quando chego no outro, só tem um pedaço."

Recado anotado. Que bom... essa seria mais uma oportunidade de mostrar que sou uma secretária segura, que se expressa bem e lembra bem dos recados. O chefe chegou, respirei fundo e disse:

"Seu Fulano, o Beltrano gostaria de conversar com você. Ele disse que é bem rápido e...".

"Sobre o quê?" - ele me interrompeu, impaciente.

"É sobre cupim."

"Cupim? Mas isso ele tem que falar com o pessoal da Administração e não comigo!!!" - esbravejou.

"É, eu disse isso a ele, mas ele falou que é só com você mesmo." - menti.

Liguei para o funcionário e disse com toda a propriedade do mundo: "Olha, falar de dedetização não é com ele. Você tem que resolver isso com o pessoal do outro setor!"

Pronto. O problema estava resolvido!

...Se não fosse o fato de ele não estar falando de cupins, mas dos novos contratados da empresa que se apropriam cada vez mais de sua sala...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Relatos de um assalto - Parte 1: O perigo mora ao lado e embaixo.

Semana passada fui assaltada indo pro trabalho e, sendo a terceira vez na vida, não sei não, mas tenho a ligeira impressão de que nasci pra isso. Lamentações à parte, um fato que chamou atenção do povo, além de muitos outros, foi que tudo ocorreu às 10 da manhã. É, gente, mas a situação tá difíci pra todo mundo e a bandidagem não vai perder tempo esperando escurecer para roubar, em minutos, aquilo que demoramos 1 mês pra conquistar e o celular que parcelamos em 12 vezes sem juros no cartão né? Afinal, como dizem por aí "Deus ajuda, quem cedo madruga".
E, além de estar no lugar errado, na hora errada - porque, convenhamos, chegar 10 horas no trabalho, de fato, é uma hora errada - sei qual foi um dos meus erros: fui isca fácil. Provavelmente porque estava assustada com a recepção calorosa de tiros que recebi assim que desci do busão, caminhei como uma mula errante, caipira recém chegada à cidade grande, olhando pra todos os lados e já me imaginando como mais uma estatística de bala perdida nos jornais, o contrário do que faço todos os dias na tentativa de intimidar a pilantrada do pedaço, andando com a cara do Exterminador do Futuro, em plena Av. Brasil.

Fase 2: Depois de me refugiar no barraco de uma senhorinha - como se uma parede fina fosse realmente capaz de me deixar ilesa a um tiro de fuzil, tsc tsc, doce ilusão - os tiros aparentemente cessaram e a próxima fase do jogo, como sempre, é mais difícil. Se caminhar pela Brasex com tiros da favela já é UCU, o que dirá de atravessar uma longa passarela, que me leva, praticamente, pra dentro dela? Foi o dilema que tive, o qual anunciou com letras em neón na minha testa "Ei, estou com medo! Podem me assaltar à vontade!!!", embundecendo ainda mais a minha cara amedrontada.

Encarei as escadas, respirei fundo, orei (sim, eu oro) e munida de toda coragem e intrepidez que descobri que tinha, decidi subir e me arriscar alguns metros do chão, e me senti como aqueles patinhos no parque de diversão, correndo afoitos para não serem atingidos por alguma criança má, sedenta pelo carrinho de controle remoto ou um urso gigante que, com certeza, ela não vai ganhar. No ímpeto de bravura de Xena, a princesa guerreira, eu nem imaginava que o perigo estava na verdade ali embaixo, cheio de crack, com uma peixeira na cintura e o mais importante: com uma camisa do Vasco.

(continua...)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia do amigo é o meu ovo!

Hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começoou recebi ligação às nove e trinta da madrugada, o que prenunciou um maravilhoso dia de "Verônica no país das maravilhas" e, é cRaro, já me rendeu uns níveis extras de stress porque, pô, é UÓ receber ligação antes das 10 - que fiquem avisados, suas mala - e mais UÓ ainda quando o ligador me ensurdece alguns decibeis, com um estridente grito efusivo.

- Oiiiiii amigaaaaaaaaaaaaaam, parabéns!
- Oi. Parabéns?
- É, amigammmmm. Feliz dia do amigoooooo!
- Ah, pra você também. - respondi com a mesma animação de um boi que vai pro abate.
- Ai, cruzes, amiga.
- Desculpe. Mas quem disse que tu é minha amiga? Tu só me procura quando tá na fossa...

Alguém pode me explicar quem inventou essa palhaçada?! É dia do beijo, dia do amigo, dia do homem, dia de porreta nenhuma. Dá pra parar com essa viadice?
Aviso antes que alguém aqui marque "Eu vaio" ou me ache uma carrasca: Aqueles que são, de fato, meus abigos estão fora desse post, ok?! Nada de depressão. Ah, e a abiga que me ligou também...
O que me enerva é esse zé povin que manda lindas mensagens piscantes e musicais que pesam toneladas no orkut ou enviam textículos sobre amizade no MSN, SMS SPC e Serasa, sem serem meus amigos. No máximo no máximo colegas ou nem isso. Apenas meras pessoas que por algum motivo ou outro eu preciso ter vínculo para manter a civilidade no trabalho, na rua, na família ou na pqp.
Não, nenguin joga no GUGOU "frases de amizade" e sai enviando pra to-dos os infelizes que estão na sua lista de contatos, sem nem ler o que tá escrito e ver se, realmente, aquilo se encaixa no 1 zilhão de pessoas que ele (a) nem sabe o porquê de estarem ali... Aliás, sabem sim: pra dizerem "olhem, como sou popular".
E o que dizer daquelas mensagens acompanhadas de "mande isso para todos os seus amigos. Se receber 5 de volta, você é um babaca solitário. Se mate. Se receber de 6 a 15..." blá blá blá whiskas sachê! Não me manda isso também, carái!
O pior é que nós somos "obrigados" a agradecer ou responder a tão nobre gesto de autoafirmação alheia a fim de evitarmos os mimimis "poxa, você nem me respondeu" ou a antipatia - o que, particularmente, nem faço questão de fazê-lo.

Resumindo para os que não são meus amigos: Me deem presentes. Ou provem sua amizade em outros dias do ano. Caso contrário não precisa me desejar um dia feliz, nem mandar mensagem no msn / orkut, nem o caramba a quatro porque, pra mim, esses dias serão realmente mais felizes quando se tornarem feriados!

Hoje eu sou um poço de alegria! Iupi! Estou muito feliz porque hoje é dia do abigooo!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Nunca atravesse a rua correndo com o sinal aberto, mesmo que um carro esteja longe, menina"

Nunca vi muito sentido nessa recomendação.

"Ahh, fala sério, né, o que poderia acontecer?" - pensava.

This is Sparta Presidente Vargas

Até ficar descalça em plena Presidente Vargas com o sapato esquerdo esparramado no mei da avenida, em meio a buzinas eufóricas e gritos esfuziantes dos hómi. Mas que beleza.

(Tá, eu sei que já escrevi coisas melhores.... Mas, vá, tô sem tempo de postar algo assim, que renda muitos risos e "nassam, como você escreve bem". Isso que dá ficarem me cobrando [oi, alguém aí?], mierda).

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O troco.

Mês passado indo de busão pro jobs, paguei 20 estalecas numa passagem de R$ 3,65, o que gera uma certa ira, principalmente, se isso for às 9 da madruga. Eis que a trocadora me olha com aquela cara de forévis (viu, mãe, sem palavrão) e me dá R$ 16 e brau de volta.
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Tipos que sou boa em matemática, mas confundir-se com a conta "20 - 3,65" é até aceitável quando se está tentando encontrar equilíbrio naquele saculejamento todo do ônibus, com uma bolsa (dizer que é pesada seria redundante, porque a bolsa é de mulher, ou seja, tem batons, perfumes, guarda-chuva e pedra pra me defender) numa mão, um Vade-Mecum (Vá de quê, fessôra? - Vá de jegue, sua anta) na outra e uma sacola com sandália rasteirinha [em caso do Scarpin começar a esmagar meus pés] na outra. Sim tenho 3 mãos.
Daí que fiquei quase a viagem inteira conferindo o troco e perguntei até que simpaticamente:

- Oi. Quanto é a passagI meRmo?
- 3,65 - ela mugiu.
- Ih, acho que você me deu a men....
- Dei 16,35 , colega. - ela interrompeu - Exatamente, o que você deve receber!

Como estava de bem com a vida, apenas me senti uma mula ergui minha sobrancelha esquerda, inclinei ligeriamente a cabeça pro lado e lancei sobre ela um olhar tão maquiavélico, que qualquer diretor de novela que me visse naquele momento me contrataria fácEl.
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E eis que hoje foi o meu dia! Bem de manhã, para meu deleite, peguei o ônibus dela e quando a avistei decidi não pagar a passagem com a quantia certa: passei pela roleta e saquei uma retumbante nota de 50 contos! Ahhh. Finalmente aquele era o meu momento!
A candanga me olhou com a quela cara de forévis, mas dessa vez um forévis muito enfurecido, e disse:

-Pô, você não tem nota menor?
- Não, querida.
- Não tenho troco pra 50.
- Ahh, sinto muito. Cê deve saber melhor do que eu que "o trocador é obrigado a dar até 20 vezes o valor da passagem". Ou então fico sem pagar, né, já passei pela roleta. - falei com ar de invicta.

Ela teve de pedir pro motorista parar, desceu, foi pruma birosca e finalmente trocou a nota, em meio a gritos de "vamo logo cobradora". Voltou bufando feito um búfalo (bill) e quase quebra minha mão entregando o fazmerrir.

Mas eu ainda não estava satisfeita e então, para fechar com chave de ouro, repeti:

- Oi. Quanto é a passagI meRmo?
- 3,65
- Ih, acho que você me deu a m...
- 46,35. Exatamente, o que você deve receber!
- Poi zé, mas é que você me deu a mais, queriiida! - E balancei uma nota de 5 reais que fingi que havia sobrado. - Mas só de sacanagI não vou te devolver, porque isso é exatamente o que eu devo receber por ter que aturar sua falta de educação! [Tá, eu confesso que parei no "não vou te devolver" porque a fúria do momento me impediu de fazê-lo...]

Peeen! Fim de round! Consegui realizar a paradoxal tarefa de me vingar dando troco, sem devolver o troco. Rá. Verônica, atriz, e o terror das trocadoras.

sábado, 19 de junho de 2010

A dentadura de Sílvio Santos.

Sempre ouvi dizer que sonhar com dentes é sinal de morte de alguém da família.
Hoje sonhei que o Silvio Santos estava apresentando seu programa besta, provavelmente falando uma das suas sem-vergonhices típicas de quem já tá cacura, quando todo pimpante e sorridente, sua dentadura se joga saltitante de sua boca.
E hoje, para meu desespero, vou dirigir, pela primeira vez, o meu negão sozinha! E de quebra ainda vou levar a família buscapé para um casamento. Oh céus!
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Qué dizê, se 1 dente equivale à morte de 1 membro, o que significaria 1 dentadura inteirinha???
E por que logo Silvio Santos? Haja vista que vou a um casamento, iria eu morrer em ritmuu, em ritmo de festaaa?
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Bom, taí.
Qualquer coisa fica registrado que tive uma premonição e caso se concretize, já vou logo avisando: o meu baú está muito bem guardado!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

E esse cabelo duro, hem?


Na boUa cara, tem gente que pede pra ser esculachado. Tipos que eu tô na minha, quieta, sem me meter na porreta da vida de ninguém, e branquim vem encher a mierda dos meus dois sacos? Ah, tománoforévis,véi.
Já vou logo avisando presse povo que gosta de ser o engraçadinho da turma: essa carinha de anjo que mantenho com 4kg de Renew por dia dão lugar a uma criatura perversa capaz de pisar em fucin de um sem encostar, se quer, a ponta dos sapatos nº39!

Adentro eu num recinto chei de jovenzinhos deixando a labuta, na época em que eu ainda não passava henê fazia os diversos sabores de escovas para alisar o hair, e eis que uma palhaça, que até então era minha abiga de estágio, lá no fundo muge grita:

- Aí, Vevê, tá na hora de fazer uma escovinha aí, hem.

Eis que o espírito de Capitão Nascimento quase baixa em mim e juro que me seguro para não pegar um cabo de vassoura, mas mantenho a finesse e respondo:

- Ah, sI liga, garota! Isso é recalque, só porque você tem esse aplique ridículo no cabelo! Cê pensa o quê? Todo mundo repara essa raiz crespa com um chumaço de meio metro de cabelo liso e de cor diferente! Sem contar o cheiro dessa bagaça porque, né, ficar 1 semana sem lavar esta coisa morta aí dá uma catinga dos inferno!

O silêncio paira e, de repente [ó, "de repente" é separado, heeem, suas anta], eu, que até então era a vítima, me torno a vilã da história. Pó de Pode isso? Desde então nunca mais nos falamos. Ah, seferrá.
Qué dizê, nem sou de falar mal de cabelo, nem nada de ninguém, mas, pô, se "pedir", catuco logo a ferida, saca?
Joguem pedra em mim, seus corno, e cês vão ver na prática os ditados "quem fala o que quer ouve o que não quer" e "perco o amigo, mas não perco a moral" [esse último inventado por mim e o mais recente estilo de vida adotado]. E tenho dito.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil sil sil e o orgulho hipócrita dos brasilenõs

Ah... Copa do Mundo! Brasil joga hoje!

É nessa época que os ânimos se exaltam e todos, como num pum repentino, passam a ter um orgulho exacerbado de sua nação; todo o xingamento e pouca importância conferidos ao país dão lugar a um forte e fugaz sentimento ufanista; todas assumem sua brasilidade comprando bandeirinhas e buzinas irritantes; jovenzinhas tentam combinar, em vão, a mistura de cores pouco estilosas, verde-amarelo-azul e pintam suas unhas com os tons que nunca poderiam ser usados em outra ocasião; crianças, adultos, idosos e até mulheres, sim, caros leitores (oi? mãe?), mulheres, acampam-se em frente às TVs de LCD e plasma para assistirem ao belo espetáculo de pernas torneadas, ao som insuportável das vuvuzelas perturbadoras; panis et circenses contemporâneo: cerveja e torneio de futebol para esquecermos a política, as eleições, Brasília e todas as mierdas que ocorrem no país, como a seleção escalada pelo Dunga.
Ah... Copa do Mundo! É Brasil e Coreia da onde? Norte, Sul, Leste Oeste? Norte!
E, eu? Ah, eu não fujo à regra: mãos enfeitada com um elegante esmalte verde-hospital (boUa definishion), blusa azul piscina, até calcinha de estrelinhas e... bem, amarela eu já sou. Já tô preparando o fôlego para torcer muito pelo meu país, gritar um Goooooool e ouvir a musiquinha que toca quando a bola tupiniquim entra na rede, na grande expectativa de que ele vá, finalmente, para a final!!!

Hexa?!
Ah, não importa... O importante é que ele vá para a final, afinal, não é todo dia que a gente é liberado cedo do trabalho! Rá.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Banalização do "Amo você".

E aí, brotos?! Como foram de dia dos namorados (perguntinha mar besta essa)?! Pros solteiros eu imagino que tenha rolado uma certa deprê, uma nostalgia dos relacionamentos passados, alguma carência e talvez um porre de ICE. Não porque namorar seja algo imprescindível, até por que muitos estão solteiros por opção. Mas, acho mei complicado se sentir pRenamente bem, com tantas propagandas, outdoors, lojas e o caramba a cinco nos bombardeando com imagens de lindos casais apaixonados e presentinhos cuti cuti, mostrando sublinarmemente que a verdadeira felicidade está nisso e somente. É igual no dia de finados, quando nem nos lembramos dum falecido durante todos os 364 dias, mas no cinzento 02 de novembro tudo conspira pra ficarmos down e relembrando os bons momentos vividos...
Éniuei!

É justamente nessa fatídica época que percebem-se várias declarações afoitas de amor, cheias de adjetivos e advérbios de intensidade romanticuzinhos, mas que no fundo, não passam de frases bonitas, porém vazias como uma repartição pública em vépera de feriado. Coisas como "Não posso viver sem você" e "Você é tudo pra mim" são exemplos clássicos, os quais ocorrem em todas as épocas do ano, mas que ficam ainda mais fortes e irritantes nessa data.

Cara, como que você não consegue viver sem a tal pessoa? Até muitos gêmeos siameses conseguem viver longe um do outro!
Mas acho que o pior disso tudo é a mais banalizada frase ever and ever, que se tornou piegas por causa desses bestas que não sabem identificar o que sentem e vão logo achando que é amor, "Eu te amo", dita ou declarada no SNM/ orkut e afins, com poucos míseros meses de namoro.

Eiiiii! Péra-láa! Você realmente sabe o que o amor é? A Mariah Carey não
Oh, céus! Será que a revista "Capricho" e a história-sem-fim-global "Malhação" não foram capazes de te ensinar que é muito fácil amar alguém que você acabou de conhecer ou não teve o tempo suficente para ouvir o seu ronco de porco ver seus defeitos e aceitá-los? Hum...Não pelo visto... Mas que mér-dem?! Então deixa a guru aqui te explicar: todo começo de qualquer tipo de relacionamento é sempre uma magavilha: a gente tem receio de falar aquelas besteiras que ferem mais que um tapa, fazemos as vontades mais exdrúxulas do outro e sempre achamos que os piores hábitos são as coisas mais fofas e fáceis de se lidar.

Tais criaturas fazem suas declarações apaixonantes, mudam o status pra "namorando" e dizem que encontraram o amor de sua vida! Ahhh, tão simpres, né?! 1 mês depois frases como "antes só do que mal acompanhada (o)" e "solteiro" nos surpreendem na atualizações recentes. NÃOO! Mas o pior não é isso... O pior é que passada 1 semana, neguim já tá com outra (o) e repete a mesma babaquice, muito provavelmente, para mostrar pro ex trupício que, agora sim, encontrou seu amor de verdade e está bem mais feliz!

Pausa para um aviso aos leitores lesados de plantão: não sou contra quem demostra o que sente e sim quem demostra aquilo que não sente para alguém que não conhece bem.

O resultado dessa palhaçada? Bom, o resultado é que já não existe mais nenhum contentamento em se ouvir um "amo você" de alguém dessa estirpe, pois, afinal, o energúmeno é tão fácil de ser conquistada(o) que um "eu te amo" a mais ou a menos não faz nenhuma diferença, além disso tal frase já não tem mais aquele significado especial, soa falso e não confere ao ser amado o sentimento de que ele (a) é diferente dos outros, sua anta.
Deu pra entender?
No mais, amo todos vocês leitores queridos claro que NOT!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A inveja e suas loucuras.


Sabe comé quié a maioria das mulheres, né?! Não pode chegar outra "carne no pedaço" e logo os olhares tortos e comentários "não gostei de fulana" começam a brotar de seus jardins férteis da inveja. E para tanto não precisa de tanto: basta ser linda como eu comunicativa, simpática, fazer as unhas e andar com a postura ereta e tcharan! Eis a receita infalível para se tornar a mais nova Geni do pedaço.
E eu, como uma boa adolescente besta, não era diferente... Sim, admito que já fiz parte do rol de meninas que excluem as outras por verem nelas uma potencial concorrente.
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No auge dos 14 anos, menina mei popularzinha na igreja, que falava com todo o mundo, ria pra todo mundo e que até então, conseguia de ser o centro (ou perto do centro) das atenções, tenho o título de "Miss Simpatia" inesperadamente arrancado numa tarde de sábado qualquer.
Havia chegado toda empolgada e pimpante, já esperando a atenção de costume, mas, para minha tristeza, se tivesse entrado a mulher invisível naquele lugar daria no mesmo.
Autoestima zero, procuro o motivo de total desprezo com a minha ilustre pessoa e eureka!
Todos faziam círculo em volta de uma garota de uns 20 anos, morena e baixinha. Não conseguia ver além disso, pois a quantidade de pessoas me impedia tal visão dos inferno.
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Não bastasse todo o desprezo por mim lançado sobre a tal garota durante all day, não é que a sirigaita teve a cara-de-pau de vir puxar assunto comigo? Poi zé. Típica pessoa efusiva, que não tem uma gota de medo de ser mal tratada por alguém que não vai com a sua cara. [O que representa realmiente uma grande ameaça para as mais fúteis populares]

-Oi, qual seu nome? Meu nome é Sônia.

"Hum, sujeitinha descarada. Além de roubar meus fãs, ainda é toda saidinha, já vai logo se apresentando", pensei. Minha ira devastadora só me permitiu responder, friamente, com os lábios cerrados:

- Verônica.

Não suportando mais a ideia de que uma garota recém chegada no lugar fosse mais interessante do que eu, a ponto de apagar todo o brilho de minha existência, fui embora revoltada, me perguntando o que ela teria assim de tão legal.

Ainda sem encontrar a resposta, noutro dia avisto Sônia no ponto de ônibus. Maldita coincidência! Desejei empurrá-la na estrada E lá estava ela, como sempre, chamando muito mais atenção do que eu, passeando com sua roupa azul-caneta.

E assim foi minha tortura de adolescente durante alguns outros dias. E, ao contrário das pessoas, que falavam e esboçavam um sorriso quando passavam por Sônia, eu fazia questão de nem, se quer, olhar pra ela.

Porém um belo dia resolvi (mudar e fazer tudo que eu queria fazeer) reparar mais nela, até porque precisava saber de uma vez por todas qual era a fórmula para tanta popularidade. Daí percebi que além de gesticular muito, ela andava zigzagueante, parecendo sem rumo.
Embora tentasse me esconder, a danada me viu e disse "Oi, qual seu nome? Meu nome é Sônia." Estranhei.

Todo vez que me via ela se apresentava do mesmo jeito, até o ponto de me reconhecer, pegar minhas mãos e elogiar as minhas unhas. Assim ela fazia com todos.

Foi aí que me senti bem mais aliviada e uma completa idiota: quando deixei minha inveja de lado, entendi que a razão dela ser assim tão querida era que, na verdade, ela sofria de sérios transtornos mentais... Naquele momento, eu juro, cheguei a duvidar se eles eram mesmo mais graves do que os meus.

A partir de então nunca mais quis ser popular, porque aí descobri que taiss sofrem de graves distúrbios psicológicos. Ráaa.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Eu sei como deixar um homem louco.


- Vem pra banheira, amor. A água tá quentinha!
(...)
- Aiii, carai! Issaqui tá dando choque!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mensagem Subliminar.

Quem acha que músicas infantis são isentas de malícia, muito se engana, meu caro...

Eu adorava essas musiquinhas "inocentes" que aprendia com a tia Neneca e não bastasse repeti-las feito um mantra, antes do recreio ou quando as massinhas coloridas já estavam cheias de cabelo na escola, eu chegava à casa toda alegre e pimpante enchendo a paciência da minha mãe cantando, esfuziante, as novas sinfonias infantis.


Minhoco né louco nada!
Queria mermo era tascar um beijo grego na minhoca!
Aqui tem uma mensagem subliminaaaar! Cuidadooo! Muah ah ah ah ah
E só de pensar que até ontem eu entendia que o minhoco beijou a bochecha da minhoca e ela queria um beijo na boca, me faz ver que eu ainda tenho muito que aprender com minhocas...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais macho que muito homem, parapapá.

Após ler "Por que os homens mentem e as mulheres choram?" de Allan e Barbara Pease...



...eis que chego à seguinte conclusão:

Prazer, meu nome é Verônico!

domingo, 23 de maio de 2010

"Ela tá gamadinha em mim" e outras escrotices - Parte I

Depois de milhares de 2 míseras reclamações das abigas revoltadas "ain, você é tão machista, snif snif" (é que na verdade sou uma traveca, girls, desculpe) vou falar mal dos homens! [Êhhhh - Daqui já posso ouvir os gritinhos estridentes e felizes da ala feminina que há muito desejava um post que fale do lado negativo delEs.]
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Ei! Mas antes que alguém me atire uma pedra ou marque "eu vaio" abaixo do texto: não sou feminista nem machista, aliás, acho uma tremenda idiotice essa pseudo-polêmica guerra de sécsos (Luciana Gimenez que o diga...). Pra mim esse negócio besteirento de levantar a bandeira a favor do seu gênero e criticar all the time o sexo oposto, demonstra 2 coisas: ou o ser em questão é um mal resolvido sentimentalmente ou um homossexual enrustido.
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Pois bem, deixando os blás blás de lado, alguém pode me dizer por que cassets grande parte dos homens acham que quando las mujeres se relacionam com eles (leia-se simples ficada ou tico-tico no fubá), elas estão apaixonadas, vão querer compromisso, ficar gamadinhas e ligando todo dia? Tá, eu sei que é porque a MAIORIA faz isso. Mas, ow, MAIORIA!

Vocês sabem o que isso significa, seus pedantes? Não? Ok.
Isso significa que não são todas que vão querer compromisso depois de uma ficada ou, para as mais atiradas, uma noite de pentada violenta (ou nem tão violenta assim).

Queridos, foi-se o tempo que todas as mulheres tinham o sonho Disney de encontrarem o príncipe encantado e casarem-se de branco, véu e grinalda, com daminhas, lembrancinhas, marcha nupcial e pipipo popopó.

Foi-se o tempo que as fêmeas ficavam coladas no telefone aguardando uma ligação ou uma mensagem no cel, um dia depois de ficarem com vossamercês.

Amélias morreram, ou pelo menos, entraram em extição. Viva!

Depois de tantos choros e sofrimento, finalmente aprendemos: não precisamos amar para nos relacionarmos. E mesmo que sintamos algo forte, não serão todas que vão ficar se humilhando esperando por uma migalha de atenção e/ou aguardando que vocês percebam isso. Pois é, meu caro. Esse é o caos.
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Como algumas pessoas têm a facilidade ímpar de quererem entender só o que lhes convém para depois me censurarem: não estou criticando as muheres que querem se casar, esperam que o carinha as telefone noutro dia ou defendendo que devemos ser paraíba masculina mulher-macho sim senhor. A finalidade deste texto é de deixar alguns macho-men cientes de que nem todas as mulheres são iguais: nem todas vão se apaixonar por você, só porque a maioria delas são sentimentais e romantiquinhas. Nem todas agem com o coração. Nem todas vão se derreter toda por ganhar um bouquet (falo por experiência própria).
Eu sei que algumas perderam todo o pudor e respeito próprio, agindo iguais aos homens (esses que elas tanto criticam...), se esquecendo que ainda há a ideologia de que a masculinidade seja mensurada pela quantidade de mulheres que pegam. Quanto a nós, resta-nos a alcunha de "vagabunda" caso façamos o mesmo. Ei não é pra ser "rodada", vulgar. Também não é pra virar bagunça, né, minha gente? Tudo que vem fácil vai fácil ou quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Na onda já passada das mulheres-fruta, eu acho que as mulheres devem, sim, figurar aquela história do Machado de Assis (salve salve) das maçãs do topo da árvore. Entretanto, claro, sem a inércia de ficarem à espera de caírem no chão de tão maduras, ou de aguardarem ansiosas algum homem metido a besta para colhê-las.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu, a conselheira de mierda...

Aos prantos me liga uma abiga loucamente desesperada :

- Vê, tô sem rumo. Perdi o cabaço minha virgindade com um cara ciumento e estúpido demais, fomos morar juntos na casa da mãe dele, não deu certo. Voltei pra casa dos meus pais. Nos vemos casualmente. Me sinto usada. Não sei o que fazer... Já nem sei se gosto mais dele. Não tenho mais ânimo pra nada. O que faço?

Respiro fundo, não demonstro minha consternação e falta-do-que-dizer, e ensino com toda a propriedade do mundo:

- Você era tão decidida. Esse cara que você tá é tão perdido, que acabou passando isso pra você... Tá, então é bom que você comece a colocar logo uns objetivos na sua vida:
Prepare-se prum concurso público (eu formando mais uma concorrente). Faça um relativamente fácil. Daí quando estabilizada, você conclui a sua faculdade, e assim terá mais calma e dinheiro para se dedicar a ela. Termine a sua autoescola. Logo logo vc mesma compra seu carro. Depois, você poderá ajudá-lo na compra de uma casa boa só pra vcs, e não mais ficar de favor na casa da sua sogra, isso se você quiser continuar com aquele doido paranoico o seu amor. (Bleh). Tenha sempre uma graninha boa pra comprar umas roupichas bacanas, maquiagem bacana, cremes bacanas presse cabelo minguado e sem vida. Vá ao esteticista fazer o suvaco, meia-perna e a "abigail". Reserve um período na semana SÓ pra você mesma. Para alguém te dar valor, você precisa ter valor, sacas? Agora, você só não pode ficar aí parada!

- Mas, Verônica, a felicidade não está em bens materiais. (Não entende porris nenhum e ainda quer dar lição de moral, sa anta)

- Sim, garota, mas não me refiro a ter dinheiro, futilidades, pipipi popopó. Refiro-me a sonhar, planejar e ser feliz a cada coisa conquistada. É disso que falo: ter objetivo de vida e se amar antes que qualquer outra pessoa. (Viva os livros de autoajuda!!!)

- É, vc tem razão. Foi bom conversar com vc!
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1 semana depois:

-Ah, vê, estou tão feliz! Você me ajudou tanto com o nosso papo semana passada!
- Qui bõ, querida! O que houve?
- Saí de casa e tô morando com ele, de novo, na casa da mãe dele!
- Ah... sim, claro. SimpRes, né?
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Fiquei com a cara embundecida e a partir de então decidi nunca mais perder meus preciosos tempo e saliva aconselhando minhas nobres abigas (os) de modo afetuoso e inteligente. Gente assim gosta de sofrer, é o automasoquismo. Então é assim que serão tratados (as): do jeito agressivo que eu sei que vocês (oi, alguém aqui?) tanto gostam!

A garota mais bonita do que eu.

Quando criança eu fazia muito sucesso (Naaassa. E ainda faço, beiber), principalmente com a pirralhada da escola: recebia várias propostas em papeizinhos de cadernos de brochura perguntando "Você quer namorar comigo? ( ) Sim ( ) Não", além de todos os meninos da turma escolherem a mim para ser dama na apresentação da quadrilha, e et cétera.
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Como em todo início de ano letivo, eu via o primeiro dia de aula como 'o evento', afinal, como dizem, a primeira impressão é a que fica e eu não queria passar despercebida pelo novos abiguinhos. Ahh, tá pensando o quê? Desde girina já estava inserida nessa competição feminina de chamar atenção dos girininhos.
Po-o-rém, eis que num fatídico dia, postura ereta e sentada de pernas cruzadas, olho a minha volta e, como asseeem!? Avisto uma menina mais bonita do que eu! E ela sabia disso. E fazia questão de ser a mais metida também.
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CRaro que depois dela, nem conto mais quantas fêmeas mar beautiful já cruzaram meu caminho e não tô nem aí mais pra isso há tempos. Entretanto, ela foi a primeira [e única] rival da minha vida. Ficou marcada forever and ever. Ela quem roubou de mim toda a atenção que antes SÓ eu era detentora. Snif snif.
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Felizmente aquele era o meu último ano no colégio e, eu poderia, então, retomar a predominância da beleza infantil em outra escuela. Até que, peeen! Não é que a tal da fulana foi estudar justamente no mesmo lugar que eu?
Pior: ela estava ainda mais bonita, tinha peitinho e tudo. Aí não teve pra ninguém. Ela realmente tinha se tornado a sapa-rainha!
Embora eu estivesse naquela fase de menina-quase-moça-magrela-feinha-com-dentes-de-coelho, até que eu ainda era requisitada, mas os garotos mais bonitos sempre estavam afim da fulaninha. Quanto a mim, só me restavam os bonitinhos e alguns sapos-bois.
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Hoje, 12 anos depois, eu a vi novamente. Disfarcei antipatia com falta de atenção e passei direto. Torci o pescoço para ver se sua buzanfa estava maior que a minha e confesso que fiquei feliz ao constatar que não. Ela até continua bonita, mas permanece com aquele jeito "sem-graça", menina que quase não fala.
Obviamente que toda aquela babaquice de querer ser a mais bonita já passou há anos luz, mas creio que caso estudássemos juntas novamente, não teríamos uma disputa [travada por mim mesma] tão desleal, pois minha fase de menina-moça-dentes-de-coelho já passou faz tempo, beiber. (tá, parei)
Ela pode até ser bonitchenha, mas não chama mais tanta atenção assim. O que mais tem nesse zoológico é mulher bonita. Mas não basta isso. Tem que ter borogodó, meu bem. Ela não tem.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Eu não sou nada sem ele" e outras escrotices.

Ouvindo hoje o desabafo desesperançoso e patético de uma amiga (miga, apesar de tudo, eu gosto de vc, viu? Rá!), resolvi discorrer sobre: mulheres capacho.
Tem coisa mais chata que mulher apaixonadinha? Sim: mulher apaixonadinha que vê no seu parceiro o motivo de sua existência: Ah, fulano é tudo pra mim,não consigo viver sem o beltrano. Ahhh, tománoforévis, véi.

"Ai meu shimiliquinho, quero estar com você sempre. Não vou desgrudar de você nem por um minuto, meu amoooooooooooor!"

Claro que consegue viver sem ele, sua besta querida amiga! Claro que fulano não é tudo. Você passou boa parte da sua vida sem ele e agora vai ficar de palhaçada achando que ele é o “ar que você respira”? Tomara que morra intoxicada!
Isso aí, fiquem mesmo colocando todas as suas expectativas em alguém e você vai ver a quantidade de lágrimas derramadas por ele quando vocês não estiverem mais juntos.


Ahh quer dizer que você não chora quando o relacionamento acaba, Verônica?
Sim, claro, pequena gafanhota. Mas há uma diferença abismal entre: chorar e sentir dor por um tempo X perder a vontade de viver, e querer se matar, e chorar o tempo inteiro, e se lamentar a todo momento, e achar que ele é o único, e o caramba a quatro.
Primeiro porque, independente de homens ou mulheres, todos somos passíveis de erro, portanto, depositar toda a sua vida em alguém, definitivamente não é uma atitude sã, pois mais cedo ou mais tarde você irá se frustrar e muito.
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Segundo que é um porre qualquer pessoa dependentizinha, que não faz mais nada além de dedicar toda a sua inútil vida ao seu queridíssimo amado: compram roupas, fazem a unha, vão na depiladeira (vulgo esteticista), pintam cabelo, fazem filho, e tudo para agradar ao infeliz (sim, infeliz, porque não conheço 1 homem que seja feliz com uma mulher que se dedique exclusivamente a ele; pelo menos não depois de um tempo).
O bicho hómi gosta de admirar sua fêmea, quer seja intelectual, física, profissionalmente e tantos outros mentes por aí. Tem que haver admireishon. Além do mais, ser feliz a custas dos outros é uma das tremendas idiotices que qualquer ser pode fazer. É clichê, mas o povo (mais especificamente a pova) parece não entender: ser feliz independe da pessoa com quem estamos. Não devemos buscar a felicidade em outrem (oucarro). Um tem que complementar o outro. É pura matemática, prezada capacho: junto a minha felicidade com a sua felicidade, e ficaremos como? DupRamente felizes, ora.
Mas atenção, senhores passageiros: não quero dizer aqui que não devemos raspar o suvaco nos cuidar ou nos preparar para nossos queridos 'musos'. O que condeno (vai queimar no mármore do infernoo!) é quem faz disso o objetivo principal de sua vida.
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Ahh quer saber? Cansei! Ensinar o que as criaturas já sabem, mas não colocam em prática por pura bestice é tarefa árdua e, por vezes, vã. A consulta sentimental já foi dada.
Optando por considerá-la ou não, o preço da consulta é pago por você a si mesma.
... Mas se ficar enchendo muito o saco, vou cobrar mermo.