quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A primeira impressão não é a que fica ou "pareço legal, mas não sou".

À medida que as responsabilidades aumentam, tenho me tornado impaciente, intransigente e, frequentemente (ente ente), blasé (aêê, vão aprender palavra nova com a titia verronique), ou seja, tenho decepcionado algumas pessoas que me veem, às vezes toda simpaticuda, mas quando me conhecem mais a fundo se frustram. Não que eu seja mal-humorada, mas não tem como ser o Bozo o tempo todo porque, pô, tenho trilhares de coisas chatas para fazer todos dias e que aturar pessoas mais chatas ainda, principalmente aquelas que não entendem minha sisudez temporária.

shico que eu nunca explanaria isso se eu não estivesse na TPM, afinal isso serve como uma boa desculpa feminina... Mas como estou inspirada, vou discorrer sobre algumas "regras" pra módi você ter um convívio mais vivível comigo:

1 - Não suporto que me façam sentir pressionada. Sério. Odeio quando todo-dia-o-dia-todo alguém fica, por exemplo, me perguntando quando vou almoçar ou dizendo “tô te esperando. A que horas vai embora?”. Almoço quando quiser (aposto 1 fusca azul-celeste que você leu “almoço” com “o” de “moço” e não “almÓço” com "o" de "troço"). Almoço quando a barriga roncar. Ou quando eu vir que o chato em questão já saiu do refeitório;
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2 - Digamos que um dia calhe de almoçarmos juntos. É pedir demais que ele/ela não se sente a minha frente, caso a mesa seja muito estreita? Veja bem, meu bem: há dois pratos quase colados. Além do aroma de lavagem fermentada que poderemos sentir, há uma grande possibilidade de voar um arroz ou uma gotícula de cuspe intrometido no prato alheio;
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3 - Não gosto de intimidadezinhas com homens. Não, não sou sapatão: isso vale pra mulher também. Não gosto de intimidadezinhas. Eu acho UÓ todo dia ter que dar beijinho, abracinho ni um, ouvir "bom dia, meu amor" do bicheiro da esquina da minha casa, cumprimentar machos que se aproximam muito e/ou seguram demoradamente minha mão, olhando fixamente pros meus olhos. Acham que vão me seduzir com isso?;
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4 - Mais uma vez: não gosto de excessos, nem prisão emocional, nem chameguinho. Se você não for meu namorado, não me telefone todo dia, não me procure no SNM todo dia, não passe na minha sala todo o dia só pra perguntar "e aí?". Preste atenção: não é pra ficar de mimimi, nem parar de falar comigo. Me refiro a fazer isso todo dia, seus analfa;
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5 - E por último, não menos importante (ê, clichê): Quando vocês limparem seus forévis, por gentileza, não deixem o lado sujo do papel higiêncio pra cima. É sério. Ninguém precisa saber se você está com diarreia, comeu milho ou feijoada no dia anterior.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Comunicação é tudo.

Não esqueci do “Relatos de 1 assalto”. É que aconteceram tantas coisas broxantes sobre o ocorrido, que ainda não consegui me recuperar... Já tomei a pílula azul e, em pouco tempo, recupero minha virilidade literária.



Hoje, no trabalho, um funcionário me pergunta: "Verônica, nosso chefe já tá aí?". "Ainda não. Posso ajudá-lo?" - respondi toda solícita.

"É que eu preciso conversar com ele... Não está dando mais pra continuar na minha sala. Estão tomando conta de tudo, sabe? Minha mesa tá aki num dia," - e fez sinais para demonstrar a mesa - "mas quando chego no outro, só tem um pedaço."

Recado anotado. Que bom... essa seria mais uma oportunidade de mostrar que sou uma secretária segura, que se expressa bem e lembra bem dos recados. O chefe chegou, respirei fundo e disse:

"Seu Fulano, o Beltrano gostaria de conversar com você. Ele disse que é bem rápido e...".

"Sobre o quê?" - ele me interrompeu, impaciente.

"É sobre cupim."

"Cupim? Mas isso ele tem que falar com o pessoal da Administração e não comigo!!!" - esbravejou.

"É, eu disse isso a ele, mas ele falou que é só com você mesmo." - menti.

Liguei para o funcionário e disse com toda a propriedade do mundo: "Olha, falar de dedetização não é com ele. Você tem que resolver isso com o pessoal do outro setor!"

Pronto. O problema estava resolvido!

...Se não fosse o fato de ele não estar falando de cupins, mas dos novos contratados da empresa que se apropriam cada vez mais de sua sala...