
Não, eu não vou traduzir o que está escrito. Vá fazer um curso de Inglês!
Eu tinha 5 anos e estava participando daquelas festinhas de fim de ano da escola, com entregas de boletins aos pais, blá-blás dos professores e, claro, o bom velhinho entregando presentes para crianças que tenham sido boas (ou não, na maioria das vezes). É óbvio que, na verdade, eram os pais que davam os presentes aos diretores do colégio, que repassavam pra algum velho gordo, que os entregava para os pirralhos, a fim de que toda a encenação natalina acontecesse e perpetuasse a crença em ho-ho-hos e veadinhos (se bem que os veadinhos realmente existem). Eu não sabia disso.
Naquela época dinheiro fácil era raridade lá em casa, mas é óvni que eu não poderia deixar de sentar no colo do velho e ganhar meu presentinho. O 13º ainda não tinha saído e minha mãe, astuta e pimpona, me propôs a coisa mais triste pruma girina afoita por um vídeo-game: o acordo era que Papai Noel me entregasse uma barbie que brilhava no escuro e acendia luzes coloridas! "Tá mas qual o problema?", você muito esperto (a) me pergunta. Rá, o problema? O problema era que a barbie eu ganhara da minha avó no dia das Crianças!!! Mas eiiiiii, como assem? Por que minha mãe quem teria que dar o presente pra bosta do velho me dar? Por que ele mesmo não tiraria minha boneca do seu grande saco vermelho? Ma nem uma lembrancinha do tipo 'estive no Pólo Norte e lembrei-me de você'? Murchei e já fiquei cabreira.
Enfim, tive que participar daquele faz-de-conta miserávi... Fingi pras abiguinhas que nem sabia o que tinha naquele embrulho brega que combinava com minha blusa mais brega ainda. Pra completar meu êxtase frente às crianças ganhando um Nintendo 64, enquanto eu deveria me contentar com uma boneca usada, toda a esperança de ter um feliz natal se dissipou, tal como a fumaça da chaminé que o bom (?) velhinho nunca entrou...
Perto de me chamarem para a entrega do 'inesperado' brinquedo velho, eis que o viadinho da rena me diz:
- Ele é o meu pai!
- Né nada! - respondi confusa, porém decidida.
- É sim. Ele tá disfarçado de papai noel, não tá vendo a barba preta ali embaixo?!
Segurei o choro. Morria ali a boa menina ansiosa por um presente decente no final do ano. Nascia uma menina perversa e má, que até hoje tenta ter um natal feliz e destroi o sonho das criancinhas enganadas dizendo "PAPAI NOEL NÃO EXISTE!!!"
E pra quem não acredita, eis a prova da minha frustração:
Meu algoz pensando de lado "hahaha, acabei com essa mocreinha", eu decepcionada, o papai noel fajuto e meu presente brega e velho.
Nossa seu post é realmente original. Fui lendo e imaginando cada detalhe. A foto no final então, show mesmo!
ResponderExcluirNatal é a época em que o Consumismo fala mais alto e onde nos esquecemos do verdadeiro sentido...
Nossa, que inquietante...Muito boa narrativa.
ResponderExcluirÉ uma pena que o Natal tenha virado apenas mais uma data capitalista.
http://poeirafina.blogspot.com/
Nossa amiga, não sei se rio ou se choro!kkkkk
ResponderExcluirtadinhaaaaaa
huahsu rachei na foto da criancinha
ResponderExcluirparabens
abrasç.
Otimo texto como sempre. Me garantiu boas risadas, como sempre.
ResponderExcluirSó n consigo entender onde que os comentaristas viram que o texto trata sobre capitalismo e consumismo...Analfabetismo funcional ou n leram o post?
Beijos do pensador
MEU DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS! HAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA tive um filho de tanto rir quando vi sua carinha de desolada! a camisa do bebê também está fora de série! Muito bom mesmo, vou te seguir.. gosto da sua escrita. Quanto os comentários ali de cima, tenho que concordar com o Pensador, infelizmente.. Eles não leram . HAHA
ResponderExcluirotimo blog parabens mt bom
ResponderExcluirhttp://planetahuumor.blogspot.com/
HAHAHA'.
ResponderExcluirMeu Deus, eu ri demais.
Muito bom mesmo, eu que nunca ganhei nada dos papais noeis, no máximo foi aquelas balas que eles dão no Shopping. Há!
kkkk'.
Relato sensacional. Desculpe, mas eu ri em algumas passagens, apesar de reconhecer que deve ter sido traumatizante pra você.
ResponderExcluirÉ apenas um aviso que estou te seguindo,prometo comentar em breve.Pode seguir o meu? Assim criaremos um vínculo que facilite a divulgação do seu como do meu blog! passa lá?
ResponderExcluirhttp://medicinepractises.blogspot.com/
Parabéns pelo posto totalmente original, gostei muito.
ResponderExcluirPassa lá também,
http://estude-me.blogspot.com/
Muito bom viu!!! Bacana o texto. Parabens pelo blog. Você demostra ter talento pra escrever e descrever, oque é mais dificíl ainda.
ResponderExcluirseu blog, me desperta bastante interesse viu, por isso coloquei, lá no meu blog, entre outros links, o seu. Você merece um selo blogueiro show.
ResponderExcluirOtímo blog e posts interessantes.Te seguirei fielmente.
ResponderExcluirNão acredito que tenha tanta gente rindo do seu post!
ResponderExcluirAcho isso uma sacanagem. Você tão triste com aquela cara de (?)e o povo rindo.
Bom, a única graça é mesmo a sua foto mais nova...
Bjo!
Descobri que PAPAI NOEL não existia na minha 2ª ou 3ª série do colégio.
ResponderExcluirFoi um choque! Rsrsrsrs.
Mas sempre guardei boas recordações dessa época! Bacana!
=)
kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluira sua cara de frustração foi a melhor o/
não gosto muito desse sentido de comércio que deram ao natal, triste.
ADOREI o post! hahaha
ResponderExcluirBem diferente do que se lê por aí! =D
Bjo
Ve.....
ResponderExcluirfrustração documentada ?
Pois é. Papai Noel não existe. Príncipe Encantado também não. Nem Coelhinho da Páscoa...hehehhe.
Um bom final de ano pra você.
Beijo
nossa, verônica que triste a sua história, eu nem lembro quando eu acreditava, acho que minha mãe nunca deixou eu acreditar :/ , tadinha.
ResponderExcluireu pelo menos não tive esse tipo de decepção :D amém.
Veroooooooooonicaaaaaaaa!
ResponderExcluirVolta...
: (
Saudades. Eu gosto tanto daqui...