quarta-feira, 9 de junho de 2010

A inveja e suas loucuras.


Sabe comé quié a maioria das mulheres, né?! Não pode chegar outra "carne no pedaço" e logo os olhares tortos e comentários "não gostei de fulana" começam a brotar de seus jardins férteis da inveja. E para tanto não precisa de tanto: basta ser linda como eu comunicativa, simpática, fazer as unhas e andar com a postura ereta e tcharan! Eis a receita infalível para se tornar a mais nova Geni do pedaço.
E eu, como uma boa adolescente besta, não era diferente... Sim, admito que já fiz parte do rol de meninas que excluem as outras por verem nelas uma potencial concorrente.
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No auge dos 14 anos, menina mei popularzinha na igreja, que falava com todo o mundo, ria pra todo mundo e que até então, conseguia de ser o centro (ou perto do centro) das atenções, tenho o título de "Miss Simpatia" inesperadamente arrancado numa tarde de sábado qualquer.
Havia chegado toda empolgada e pimpante, já esperando a atenção de costume, mas, para minha tristeza, se tivesse entrado a mulher invisível naquele lugar daria no mesmo.
Autoestima zero, procuro o motivo de total desprezo com a minha ilustre pessoa e eureka!
Todos faziam círculo em volta de uma garota de uns 20 anos, morena e baixinha. Não conseguia ver além disso, pois a quantidade de pessoas me impedia tal visão dos inferno.
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Não bastasse todo o desprezo por mim lançado sobre a tal garota durante all day, não é que a sirigaita teve a cara-de-pau de vir puxar assunto comigo? Poi zé. Típica pessoa efusiva, que não tem uma gota de medo de ser mal tratada por alguém que não vai com a sua cara. [O que representa realmiente uma grande ameaça para as mais fúteis populares]

-Oi, qual seu nome? Meu nome é Sônia.

"Hum, sujeitinha descarada. Além de roubar meus fãs, ainda é toda saidinha, já vai logo se apresentando", pensei. Minha ira devastadora só me permitiu responder, friamente, com os lábios cerrados:

- Verônica.

Não suportando mais a ideia de que uma garota recém chegada no lugar fosse mais interessante do que eu, a ponto de apagar todo o brilho de minha existência, fui embora revoltada, me perguntando o que ela teria assim de tão legal.

Ainda sem encontrar a resposta, noutro dia avisto Sônia no ponto de ônibus. Maldita coincidência! Desejei empurrá-la na estrada E lá estava ela, como sempre, chamando muito mais atenção do que eu, passeando com sua roupa azul-caneta.

E assim foi minha tortura de adolescente durante alguns outros dias. E, ao contrário das pessoas, que falavam e esboçavam um sorriso quando passavam por Sônia, eu fazia questão de nem, se quer, olhar pra ela.

Porém um belo dia resolvi (mudar e fazer tudo que eu queria fazeer) reparar mais nela, até porque precisava saber de uma vez por todas qual era a fórmula para tanta popularidade. Daí percebi que além de gesticular muito, ela andava zigzagueante, parecendo sem rumo.
Embora tentasse me esconder, a danada me viu e disse "Oi, qual seu nome? Meu nome é Sônia." Estranhei.

Todo vez que me via ela se apresentava do mesmo jeito, até o ponto de me reconhecer, pegar minhas mãos e elogiar as minhas unhas. Assim ela fazia com todos.

Foi aí que me senti bem mais aliviada e uma completa idiota: quando deixei minha inveja de lado, entendi que a razão dela ser assim tão querida era que, na verdade, ela sofria de sérios transtornos mentais... Naquele momento, eu juro, cheguei a duvidar se eles eram mesmo mais graves do que os meus.

A partir de então nunca mais quis ser popular, porque aí descobri que taiss sofrem de graves distúrbios psicológicos. Ráaa.

2 comentários:

  1. Vee adorei o visual do seu novo blog!
    ri litros com os relatod da sua inveja com a popular problemática!tbm sei bem como é isso.rsrs beijos!

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  2. kkkkkkkkkkk adoreii !! aliás, to adorando as suas histórias. irei sua fã! haha quem me apresentou o seu blog foi a Marcelle, professora de inglês. A culpa é dela de eu estar viciada em suas histórias agora! HAHA

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Ai love you beibe Pa ra ra ra ra ra ra.